Inflamação da mucosite causada pela radioterapia em região de cabeça e pescoço e/ou quimioterapia para diversos tumores sólidos ou hematológicos. Pode desenvolver lesões ulceradas (feridas) muito dolorosas que podem evoluir para desidratação e desnutrição
Devido à alteração da resposta da imunidade principalmente no tratamento de quimioterapia ocorre o aumento do risco de desenvolver infecções, sendo a boca um local de alto risco pois é um ambiente altamente contaminado. Podendo desenvolver infecções bacteriana, fúngicas (cândida) e virais (herpes)
Tanto a radioterapia em região de cabeça e pescoço, quanto alguns quimioterápicos agridem as glândulas salivares promovendo diminuição do fluxo salivar e a sensação de boca seca, apresentando impacto negativo na qualidade de vida do paciente e no surgimento de infecções.
Alterações na composição dentária, associado à alterações da salivação devido à agressão provocada pela radioterapia em região de cabeça e pescoço, predispõe ao desenvolvimento de cárie, principalmente na cervical dos dentes
Ocorrem alterações ósseas devido à radioterapia em cabeça e pescoço o que altera a capacidade de reparação do osso após um trauma, podendo desencadear o desenvolvimento de uma necrose óssea.
O uso de drogas que impedem a perda óssea, alteram o metabolismo óssea predispondo ao desenvolvimento de osteonecrose por dificultar o remodelamento ósseo após algum trauma.
O estomatologista é o dentista apto para a realização de diagnósticos orais envolvendo toda a cavidade bucal, dentes, ossos, mucosas, glândulas salivares. É apto também à realizar os tratamentos dessas alterações.
Muito destes diagnósticos são realizados através de exames laboratoriais anatomopatológicos, e para isso são necessários a realização das biópsias. Biópsia, nada mais é que, a realização de algum procedimento que adquira uma parte do tecido e/ou células para análise microscópica e/ou bioquímica para definição de um diagnóstico mais preciso, direcionando assim o melhor tratamento. E o estomatologista dentro da odontologia, é o profissional habilitado para realização destes procedimentos.
Doença periodontal se caracteriza por alterações nos tecidos gengivais e ósseos, normalmente causados por agressão bacteriana que gera uma resposta inflamatória.
Esta reação à agressão bacteriana provoca a liberação de moléculas pelas células chamadas de citocinas pro-inflamatórias que geram e mantem maior agressão aos tecidos promovendo a liberação de radicais livres (espécimes reativos de oxigênio) que causam ainda mais danos.
Devido às características anatômicas da cavidade oral e à presença de anticorpos na saliva, as infecções e inflamações em boca se tornam com facilidade CRÔNICAS, persistem por muito tempo mantendo elevada agressão por tempo prolongado.
A liberação de radicais livres que podem circular o corpo todo são responsáveis por alterações em outros órgão à distância, sendo esta a relação entre a doença periodontal e outra alterações no corpo como o aumento do risco de problema cardiovascular, aterosclerose, artrite reumatoide, doença renal crônica, enfisema pulmonar, dificuldade no controle metabólico em diabéticos, indução do parto prematuro de crianças de baixo peso, entre outros.
Os laseres de baixa potência no espectro do vermelho e infravermelho são capazes de interagir com as células (reação fotofísica, fotoquímica) através do estímulo mitocondrial (respiração celular e produção de energia), sendo capaz de aumentar a capacidade energética da célula estimulada, aumentando seu metabolismo e melhorando a reação celular.
Desta forma são capazes de aumentar o potencial de reparação tecidual (cicatrização), efeitos de modulação inflamatória (anti-inflamatório) e analgesia (redução da dor).
Principais alterações onde o laser de baixa potência é capaz de auxiliar: úlceras (traumáticas, aftas, mucosites), parestesias (sensação de anestesia após trauma em nervo), paralisias (disfunção do nervo motor após trauma), xerostomia/hipossalivação (alterações nas glândulas salivares), disfunção da ATM (articulação temporomandibular), entre outros.
Outra ação possível com laser de baixa potência é a utilização em conjunto com um corante biológico sendo capaz de realizar ação antimicrobiana efetiva contra bactérias, fungos e vírus. Chamado de terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT).
O corante biológico (azul de metileno) capaz de corar os microrganismo com a aplicação do laser vermelho estes microrganismos são desestruturados por interação da luz com o corante. Os principais benefícios da técnica são à não interação com outros órgãos como fígado e rim (ação local e não sistêmica), e à não ocorrência de resistência bacteriana, como pode acontecer com o usos de antibióticos orais.
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